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terça-feira, 3 de maio de 2011

Filme: "A Onda"


Diretor: Dennis Gansel; Ano: 2008

O filme se passa em uma escola americana com alunos do ensino médio. Durante as aulas de ciências sociais o professor Rainer Wenger decide trabalhar o conteúdo de autocracia de forma dinâmica, trazendo os elementos da Autocracia em forma de simulação durante as aulas da referida disciplina. Nessa experiência o professor Rainer assumiu a figura do “senhor” que comanda o comportamento de seus seguidores, e os mesmo, foram às ultimas conseqüências quando passaram a levar esses comportamentos para dentro de seu mundo exterior à escola – família e sociedade. Eles inventaram um movimento chamado “A Onda”. Criaram uniforme, símbolo, saudação e passaram a “pregar” a ideologia do grupo na localidade onde vivem.
Na história ficou bem claro que Rainer conseguiu criar um movimento capaz de transformar a maneira como seus alunos adolescentes viam o mundo. Um deles, aparentemente tímido e sem referencia, passou a cultuar armas de fogo e seu “senhor” como se aquela situação fictícia fosse realmente uma nova forma de vida para ele. Os alunos que foram contra a experiência acabaram sendo expulsos do grupo de maneira velada, tudo em função da preservação da nova ordem imposta pelo “senhor”.
Articulando essa história com as teorias curriculares podemos perceber que existem elementos do currículo oculto que se evidenciaram.  A nova postura dos alunos, a obediência ao “senhor”, a necessidade de estar seguindo as regras do grupo para ser aceito, são detalhes que marcam como o conhecimento está atrelado ao poder. Conforme ressalta Silva (2001:78) “(...) o que se prende no currículo oculto são fundamentalmente atitudes, comportamentos, valores e orientações...” Teorias Curriculares Criticas.

Patrícia Lisboa 


2 comentários:

  1. Patrícia,
    Você acha que atualmente tem-se uma gestão participativa na escola, a qual cumpre totalmente seu objeivo social? E quando (ou como) é que a escola realmente estará formando cidadãos críticos, éticos, etc.

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  2. Oi MArcos...
    Não cumpre totalmente seu objetivo social. Na verdade vejo esse tema bastante relativizado e pontuado por fortes impressões que o gestor administrativo pode marcar na escola. Ainda existem gestores que conduzem a escola de maneira arcaica e ancorada no autoritarismo, assim, acaba-se imobilizando as pessoas que, supostamente, ajudam a conduzir a comunidade escolar em questão.
    Creio que a escola estará formando cidadãos criticos e éticos somente quando houver mudança na postura dos atores sociais da escola em geral. Começo essa resposta falando de gestores, mas, sem entrar em contradição, quero fechá-la lembrando que a escola participativa só será viva quando essa comunidade entender qual é seu papel nos diversos espaços sociais, principalmente a escola.

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